domingo, 7 de agosto de 2011

Educação a distancia e autonomia.

Sou formada em pedagogia no ensino presencial e formada em serviço social na educação a distancia, ambas me oportunizaram excelentes professores, porem posso dizer que ao final das duas faculdades saí cheia de medos, angustias e inquietações, e porque não, “despreparada” para o mercado de trabalho... digo isso, não por falta de informação, mas por insegurança, foram tantos conhecimentos adquiridos e ao mesmo tempo nenhum especificamente direcionado, daí entra a pós-graduação. Estou certa?
Torna-se quase impossível separar a pedagogia da autonomia e a autonomia da pedagogia, assim como o ensino a distancia proporciona aprendizagem no tempo do aprendiz. Estamos ligados por uma teia em que todos que fazem parte do universo educacional se inter-relacionam e enfrentam conflitos, tensões, ausências, problemas de todos os tipos e apesar de estarmos sob distintas orientações e circunstâncias, temos que ser sujeitos com práticas autônomas (em formação e afirmação), que tenhamos ética, vontade, atitude e força de contaminação com atos que tornem interdependentes uma construção social justa, ética e heterogênea. Heterogênea, pois cada indivíduo terá o seu direito e condições de criar e trocar experiências enriquecedoras.
No dia em que acessei o blog http://porsimonemedeiros.blogspot.com o post disponibilizado continha um texto que estava discutindo e problematizando a docência e sua formação abrangendo a educação a distancia, o artigo apresentava as contradições nas diretrizes das políticas de formação docente, uma vez que a docência na EaD é uma temática complexa, que exige reflexão para se alcançar possíveis soluções. Pensei, quando o ensino vai ser realmente autônomo, pois a autonomia é a participação ativa de todos nos processos de decisão e reinvenção, onde a aprendizagem verdadeira ocorre e os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinando, ao lado do educador que é igualmente sujeito do processo.
No blog acima citado tinha o post falando que a Câmara analisa o Projeto de Lei 325/11, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que inclui os cursos a distância no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Comentei que essa é uma ótima noticia, financiei minha primeira faculdade, a segunda já tinha condições de pagar... acompanhei varias colegas com dificuldade em manter o pagamento em dia... O financiamento vai ajudar muitos brasileiros que acreditam ser a educação uma forma de mudança e transformação da vida...
No blog http://romerotori.blogspot.com/2011/06/educacao-sem-distancia.html#comments postei que existe uma resistência a EAD, acredito que seja por causa da distancia física, eu mesma fiquei um pouco tensa nos primeiros dias com a EAD, mas conforme fui descobrindo as ferramentas de interação para tirar duvidas e apresentar idéias, fui gostando, gostando e atualmente, sou professora a distancia...
A educação de forma geral está precisando de “ajustes”. No ensino presencial das escolas públicas o professor precisar “cumprir” o currículo, e ainda ser orientador, psicólogo, assistente social, enfermeiro, e muitas outras atribuições. O professor a distancia, muitas vezes precisa ensinar o acadêmico a ligar o computador, explicar o funcionamento do moodle e suas ferramentas.
O que vale é o interesse, a autonomia e até mesmo a disciplina do aprendiz para que o ensino a distancia cumpra seu papel, transmitir conhecimento.